Como é que as imagens de um livro podem ganhar vida num palco? "O Convidador de Pirilampos" começou por existir nas palavras do escritor angolano Ondjaki e nos desenhos do ilustrador, cartoonista e performer visual António Jorge Gonçalves. Juntos, já nos haviam oferecido o livro "Uma Escuridão Bonita", título que encontra um eco em "O Convidador de Pirilampos", história, também ela, “sem luz elétrica”, vizinha dos mistérios da natureza e do humano, da luz e da noite, do medo e do espanto. Agora, e num palco perto de nós, vamos ver e ouvir um menino que gostava de passear na Floresta Grande, “mesmo quando já fazia quase-escuro”. É um menino muito curioso, que gosta de cientistar coisas, verbo que designa o que os cientistas e os inventores e as crianças fazem: cientistam as coisas, os animais, o mundo. Este menino inventou, por exemplo, um “aumentador de caminhos” e um “convidador de pirilampos”. E, de caminho, vai aprender a ser amigo do escuro. Com encenação de António Jorge Gonçalves, que também desenha ao vivo, este espetáculo é narrado pela atriz Cláudia Semedo, acompanhada pelo clarinetista José Conde e pelas imagens em retroprojector de Paula Delecave.
texto: Ondjaki
encenação: António Jorge Gonçalves
realização plástica: António Jorge Gonçalves e Paula Delecave
interpretação: Claúdia Semedo (narradora) e José Conde (clarinete baixo e música original)
coprodução: Centro Cultural Vila Flor, São Luiz Teatro Municipal, Culturproject, TNSJ.