Os músicos em cena são:
King Jim, Wander Wildner, Edu K, Beto Bruno, Biba Meira, Julia Barth, Plato Divorak, Márcio Petracco, Jimi Joe, Marcelo Fornasier, Bebeto Alves, Nenung, Cláudio Heinz, Nei Van Soria, Luis Henrique Tchê Gomes, Carlos Carneiro, Castor Daudt, Pedro Motta, Marcelo Gross, Tonho Crocco, Julio Reny, Flu, Carlos Eduardo Miranda, Frank Jorge, Hermes Aquino, Charles Master, Júpiter Maçã
"Retratos Clássicos do Rock Gaúcho" é um recorte da cena rock do sul do Brasil, em Porto Alegre. São retratos de músicos da cidade. Neles, reverencio a resistência do circuito alternativo e homenageio os artistas músicos, meus contemporâneos, com quem convivo na cidade desde o final dos anos 80. Documentar a minha época e esta tribo é uma forma de existir unindo luz, rock e fotografia.
A série iniciou em 2012 nos camarins, dos Concertos Dana com a Orquestra de Câmara da Ulbra e convidados, mas sigo hoje colecionando os personagens que circulam neste universo. O trabalho estreiou no Festival de Fotografia Paraty em Foco em 2012. Foi também exibido no 7º Festival de Fotografia de Porto Alegre; Estendal em Curitiba; em 2013. Na Semana do Rock SESC em 2014. Na exposição Retrato no Festival Foto Em Pauta Tiradentes em 2015.
Fernanda Chemale
fotógrafa
fernandachemale.com.br
youtube.com/watch?v=5owzND1wVdg&index=2&list=TLs4mJJVtDUVBC8AReIgbMAQGsEhAgRd_
Fernanda Chemale fotografa o rock desde o final dos anos 80, reverencia os músicos de sua cidade, Porto Alegre, fazendo retratos e documentado shows de modo independente.
O Sentido Performático da Fotografia
Se a representação humana na fotografia, desde sua invenção, sempre foi parte de uma cerimônia ritual que acompanhou a iconografia do retrato fotográfico, podemos dizer que a fotografia - como primeira arte verdadeiramente popular que alargou a possibilidade do ver-se em imagens - é, por excelência, uma arte performática. A história do rock também passa por um imaginário constituído por imagens fotográficas. O universo do rock e seus protagonistas são homenagens ao tempo presente através da memória do tempo passado e do sentido ritualístico que segue envolvendo este segmento da cultura contemporânea. Como na noção ancestral de festa na qual a musicalidade era elemento indispensável. É possível fazer o som virar imagem? Tal e qual o êxtase de Dali, nas silenciosas fotografias de Fernanda, somos convidados não a ouvir, mas a sentir a musicalidade que circunda os registros, pois estamos num espaço visual de transição. O que é o rock, senão vertigem, êxtase, inquietação, performance?
Alexandre Santos, Historiador e Critico de Arte